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Crianças e adolescentes no celular: Uso exagerado afeta o cérebro e a concentração. Veja o que fazer

Publicado em: 13 mar 2024 Evoluindo SOE

Os cérebros, moldados ao longo do tempo, não são treinados para se concentrar por períodos mais longos quando expostos a estímulos rápidos de celulares e tablets. Embora os adultos possam tornar-se dependentes do celular, o uso descontrolado em crianças e adolescentes também impacta o desenvolvimento cerebral e a concentração.

Smartphones e telas em geral oferecem estímulos rápidos, liberando no cérebro dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer e satisfação. Contudo, a dopamina pode viciar, levando a comportamentos prejudiciais à saúde com maior exposição.

Além do prazer imediato, o uso excessivo aumenta a impulsividade e dificulta o controle do uso, resultando alterações no cérebro que podem ser irreversíveis. O perigo reside na exposição excessiva de crianças e adolescentes a telas, recrutando o cérebro para padrões de pensamento rápidos, como explica o psicólogo Cristiano Nabuco, especialista em dependências tecnológicas.

Isso está relacionado à maturação cerebral, que continua até os 25 anos. Durante essa fase, o cérebro ainda está em desenvolvimento e sendo moldado. Estímulos rápidos provenientes das telas podem impactar negativamente o desenvolvimento cerebral e a capacidade de concentração, deixando uma herança prejudicial na fase adulta.

Crianças e adolescentes, com uma maturação cerebral em curso, não são adequadamente treinados para se concentrar por períodos mais longos. Isso pode prejudicar o raciocínio quando enfrentam tarefas que exigem pensamento denso e profundo.

 Cristiano Nabuco destaca o fenômeno do ‘autismo digital’, referindo-se a jovens que passam horas conectados sem sair do lugar. Especialistas alertam que essa geração pode se tornar os ‘filhos do quarto’, realizando todas as atividades diárias na frente da tela.

Para lidar com isso, Nabuco sugere evitar o estímulo frequente de celulares e telas em crianças e adolescentes. Pais e responsáveis devem estar atentos ao fornecer dispositivos, podendo criar zonas livres de tecnologia ou períodos de detox digital. Estimular atividades ao ar livre e offline também é recomendado, ensiná-los que é importante ter momentos à toa, sem os apitos das notificações. A pausa real e digital, descansa a mente, estimula a criatividade e o desenvolvimento do cérebro. Dar o exemplo, limitando o uso do celular na frente dos filhos, é crucial para estabelecer hábitos saudáveis desde cedo. Crianças que veem os pais usando o celular o tempo todo estão mais propensas a repetir esse comportamento.

“A gente precisa de tempo ocioso. Olhar para a janela durante uma viagem e não para a tela de um tablet”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco.


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