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O que arde cura, o que aperta segura!

Publicado em: 02 set 2016 Evoluindo SOE

Número 15, Ano 2 SOE – Serviço de Orientação Educacional                                  agosto / 2016

 

Todos sabemos da importância do papel do Pai na formação dos filhos. E, embora este venha mudando ao longo das últimas décadas e se adaptando à nova realidade que vivemos, sua importância continua sendo a mesma. Nos dias de hoje, não cabe mais ao Pai exercer apenas a função de provedor, mas também a de dividir, junto com a mãe, a ampla tarefa de educar os filhos. Educá-los para o mundo, com amor e atenção, estabelecendo desde cedo uma relação de companheirismo e confiança com eles, que possa perdurar por toda a vida.

Em homenagem a esse Pai, dedicamos o EVOLUINDO desse mês.

Com certa frequência, nos últimos anos, deparamo-nos com pesquisas dedicadas a provar o valor dos obstáculos, das dificuldade, no percurso da vida humana. Ainda assim são inúmeras as vezes em que ouvimos: “não quero que o meu filho ou filha passe pelas dificuldades que eu passei.” Pois bem, está cada vez mais evidente que são os enfrentamentos das dificuldades que operam transformações pessoais e fortalecem a personalidade. Uma vez dimensionada à faixa etária e observada a frequência, a dificuldade possibilita empreender soluções e criar resistência às frustrações.

Em todas as dimensões do desenvolvimento humano – cognitivo, social, emocional e físico -, um “abençoado problema” impulsiona a criação de novos percursos para alcançar a superação e voltar ao estado normal. Para melhor explicar esse conceito, as ciências humanas têm emprestado um termo da física: resiliência, cuja raiz etimológica vem do latim “resílio” que significa voltar ao estado natural. Uma pessoa é tanto mais resiliente quanto maior for a sua capacidade de sobrepor-se e construir-se positivamente diante das crises e adversidades. E isso se aprende desde muito pequeno, nos primeiros anos de vida.

Há quem, diante de uma situação difícil, chore e lamente. Outros fogem e até fingem não existir tal dificuldade, mas há aqueles que a enfrentam. Por quê? Em parte porque foram ensinados. Tiveram a oportunidade de conviver com pessoas que lhes permitiram vivenciar situações dosadas de risco, de tal modo que a lida com a frustração não lhes permitiu acomodar, e sim avançar. Dessas experiências advêm, em boa parte, a lapidação de uma boa autoestima e, por sua vez, a constituição da dignidade – limites que são preservados nas enriquecedoras trocas que promovemos com as pessoas que nos cercam.

Mediar o risco, a proteção e a resiliência é uma necessidade para quem pretende ser responsável por um ser – humano – que está vivo não somente por respirar, mas porque aprendeu a encontrar o sentido na sua vida. Por isso, sabe dimensionar que quase sempre o ideal não é o real; que para encarar a vida com lucidez e sanidade há que se ter leveza e uma boa dose de humor. Por outro lado, sem firmeza e oportunidade de lidar com as frustrações não há como desenvolver estratégias que permitam experimentar a superação, afinal “ o que arde cura, o que aperta segura.”

Acedriana Vicente Sandi

 

EVOLUINDO é uma comunicação mensal, enviada pelo SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – SOE, que visa levar aos pais e/ ou responsáveis textos atuais acerca do desenvolvimento da criança e do adolescente.


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