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O que é ser criança no século 21?

Publicado em: 26 nov 2024 Evoluindo SOE

          Sabemos que a cada nova geração, nos deparamos com choques culturais em relação às gerações passadas. Por isso, o desafio de educar aqueles que não apenas estão no início de suas vidas, mas que também carregam toda uma mentalidade nova de acordo com o seu contexto social atual. 

          Em meio ao século 21, os próprios adultos se veem com dificuldade em acompanhar os ritmos acelerados de tantas transformações. Imagine, então, preparar as crianças para um futuro de profissões que sequer existem ainda. 

          Antes de educar, é preciso ter em mente a essência por trás das necessidades desse momento. Porém, não de maneira arbitrária, mas com foco no desenvolvimento que permita à criança evoluir em uma sociedade que terá suas próprias exigências. 

          Então, o que representa ser criança no século 21? 

Ter a oportunidade de assumir seu protagonismo 

          Antigamente, as crianças eram vistas como seres totalmente submissos a seus pais. Hoje, entendemos que a criança não apenas é única, em que a maneira de educar não se aplica de maneira uniforme, mas também com personalidade e opiniões próprias que devem ser levadas em consideração. Não à toa, o protagonismo infantil é um tema em alta no meio educacional. Isso porque, mais do que nunca, esse fator se encaixa na configuração de vida das crianças do século 21. 

          Para as crianças de gerações passadas, era comum crescer em lares com pais casados e com total disponibilidade de um deles, geralmente a mãe. Já hoje, aumenta-se tanto o número de lares com apenas um cônjuge, quanto a quantidade dos responsáveis que trabalham fora. Sendo esses lares estruturados emocionalmente ou não, é notório que os filhos convivem menos com os seus pais. 

          A primeira consequência desse fato é que as crianças estão crescendo cada vez mais livres. Logo, entende-se que elas também precisam ativar seu protagonismo a partir do autoconhecimento e das responsabilidades que começam a assumir. 

         No caminho contrário, crianças que são muito dependentes de seus pais e educadores, dificilmente irão se adequar a esse século que nos convida a uma expansão de nossa independência de forma responsável, com múltiplas possibilidades de escolha à vista. 

Estar preparado para um mundo de rápida evolução e incertezas 

          Considerando que estamos na quarta Revolução Industrial, é nítido o quanto estamos evoluindo tecnológica e cientificamente em todas as áreas. De repente, aquilo que era considerado “futurista”, se aproxima de nosso cotidiano.  

          Dentro desse cenário, sabemos que além de novos empregos que estão surgindo e surgirão, a capacidade de fazer coisas por conta própria por meio não só das informações, mas também das novas tecnologias, remete à tendência ao empreendedorismo

  

Foco no bem-estar e no estilo de vida 

          A criança de hoje também é menos orientada para resultados e mais voltada ao compromisso e bem-estar. Diferente da corrida por status e reconhecimento profissional, hoje é recorrente a busca por propósitos. Inclusive, não só a nível profissional, mas de uma forma que integre todo o seu estilo de vida.  

          Apesar de tantas mudanças nos diferentes contextos que formam a sociedade, sendo a infância um período importantíssimo na vida de uma criança, é preciso que resgatemos algumas questões deixadas de lado pela atualidade. Uma delas é o brincar. 

          É através da brincadeira que a criança aprende, interagindo com pessoas e o ambiente a sua volta, portanto, quanto mais oportunidades de brincar oferecermos a ela, mais experiências diversas e conhecimentos adquirirá. Seja na escola ou em casa. Nesse momento, tanto a criança poderá brincar sozinha, como também brincar com sua família. Sabendo que quando os pais se disponibilizam para isso, a sensação de importância que as crianças sentem permanecerá em sua memória para sempre. 

          Essa oferta do brincar foi extremamente reduzida no período da pandemia, o que privou as crianças do convívio social, como também retardou a entrada de muitas na escola, seja pelo medo do contágio, seja por questões econômicas das famílias, agravadas pela pandemia. 

          Por outro lado, o ócio também é uma fonte inesgotável de potencial e criatividade, pois a criança, diante do “não ter o que fazer”, fará uso de suas habilidades para imaginar e criar algo do seu interesse. Cabe aos pais irem administrando e alternando os momentos do brincar/ócio, necessários a toda criança, em seu dia a dia. 

          Outra questão referente à infância que precisamos abordar é o uso de telas, principalmente para crianças tão novas. Embora a tecnologia faça parte da nossa vida para sempre, precisamos saber fazer uso dela de maneira consciente, e quando falamos de crianças, nenhuma tela tem a possibilidade de substituir a presença, a interação e o diálogo com seus pais e pares. 

           Muitas vezes, esse acesso às telas é facilitado pelas grandes demandas profissionais atuais de seus pais, pela falta de tempo, por uma acomodação em procurar outras opções de atividades e lazer, como também pela insistência das próprias crianças para acessarem as redes sociais.  Existe o fácil acesso a muitas informações através da internet. Como esse cenário se difundiu em larga escala a partir dos anos 2000, as crianças também começam a poder entender e refletir sobre coisas que antes elas descobriam apenas mais tarde. E nem sempre isso é positivo, pois se os pais não acompanham o conteúdo que a criança está acessando, está expondo sua criança indefesa a um mundo adulto, cheio de perigos. 

          Por fim, gostaria de resgatar a importância dessa fase tão linda que é a infância, de descobertas, ingenuidade, espontaneidade, aprendizados e curiosidades. Uma fase que passa tão rápido, e por ser assim, deveríamos atribuir a ela, tudo de melhor que podemos, principalmente nosso cuidado e tempo.  

          Então, pais e mães, nesse mês dedicado a elas, reflitamos sobre que infância estamos oferecendo às nossas crianças para que elas possam se tornar saudáveis fisicamente e emocionalmente para o mundo que está por vir. Nunca é tarde para mudarmos nosso jeito de pensar e atuar, principalmente em relação aos nossos pequenos que têm a vida toda pela frente. 

Texto do blog Educador360°, adaptado pelo Setor de Psicologia Escolar, em homenagem às nossas crianças. 


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