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Pais e filhos: a importância da boa convivência!

Publicado em: 05 out 2015 Evoluindo SOE

Número 6, Ano 1 SOE – Serviço de Orientação Educacional                                Setembro / 2015

 

Mais do que em qualquer outra época, os conflitos entre pais e filhos estão a cada dia mais pertinentes e insuportáveis.

birra

A escola sozinha não dá conta de educar e a permanência no âmbito escolar não é suficiente para construir valores e ideais. Isto se transmite pelos exemplos do dia a dia. Afinal, já dizia o sábio: “antes de ouvir seu conselho, verei seu exemplo”. O problema é que para se dar exemplo é necessária convivência. E quem tem tempo para isto hoje em dia? Os únicos tutores disponíveis para nossos filhos 24 horas por dia são a televisão, o computador, as redes sociais… E que tutores

A falta de convivência entre pais e filhos leva a uma formalidade e a um distanciamento comum de se ver. Alguns filhos não conseguem abraçar os pais e alguns pais não conseguem dizer “eu te amo, filho”!, mesmo sabendo que daria a vida por ele.

O filme protagonizado por Rodrigo Santoro- “Bicho de sete cabeças”- sintetiza os efeitos desastrosos da falta de diálogo em família, com pais distantes da convivência sadia com os filhos. Infelizmente o distanciamento entre pais e filhos tem sido causa dos grandes desastres e tragédias sociais, pois que filhos sem orientação, sem apoio, sem pais que lhes ouçam as angústias, levam para o meio social o despenhadeiro de difícil recuperação.

Pais têm diversas atitudes para com seus filhos que, às vezes, passam por atitudes amorosas, mas que na verdade mostram insegurança, dúvida, ambiguidade ou obrigação. Isso ocorre principalmente porque a sociedade nos educa com fortes paradigmas que estão arraigados tanto por uma educação socialmente constituída, quanto pela educação familiar, por conseguinte, reproduzimos nas nossas relações pessoais.

O principal paradigma que rege as relações e está sempre presente é que: todo pai/mãe ama seu filho/filha e vice- versa, ou seja, que: todo filho/ filha ama seu/sua pai/mãe. Parece uma verdade inquestionável. É um amor instituído, quer queira, quer não.

Ao vir ao mundo a criança já chega com esse dever e os pais, uma vez tendo escolhido desempenhar essa função social, passam a ter essa mesma obrigação, mas com um roteiro a seguir: amar, cuidar, educar (ensinar o que é certo, o que se deve ou não deve fazer) e encaminhar seus filhos na vida, sabendo o que é melhor para eles.

Considerando a perspectiva acima, o ser humano é um eterno devir, ou seja, vai se constituindo e construindo sua relação com o outro na vivência, na experiência do cotidiano. Ainda que se façam planos, trace metas, não há garantia de que os planos ocorram exatamente como teorizados, possivelmente não acontecerão exatamente como idealizados. Porque a todo o momento se está mudando de ideia, se está mudando de sentimento, tanto em relação a si próprio quanto em relação aos outros e isto acontece na relação com o outro, já que o ser humano é especialmente passível de transformação. Então não é possível saber-se pais antes de sê-lo. Parte- se do zero, pais são tão somente pessoas que tiveram filhos.

Embora seja natural que os filhos discordem dos princípios dos pais durante a adolescência (que hoje ocorre assustadoramente cedo), isto não quer dizer necessariamente distanciamento. Discussões não querem dizer distanciamento!

Aurélio Buarque de Holanda diz, dentre várias definições, que amor: é um sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa, devoção, culto, adoração; enquanto que o ódio: é a paixão que impele a causar ou desejar mal a alguém; execração, rancor, repugnância, antipatia, desprezo e repulsão.

Sentimentos tão contraditórios naturalmente suscitam uma associação em que só pode estar presente um ou outro, por serem antagônicos, portanto aparentemente incompatíveis.

Nesse sentido, as experiências de cada criança em seu ambiente vão interferir em grande proporção neste equilíbrio dos afetos, o que torna, portanto, o fato destas questões estarem bem resolvidas para os pais, muito importantes para a qualidade do vínculo familiar e dos demais vínculos que a criança (e o futuro adulto) vier estabelecer ao longo de sua vida.

A verdade é que se tem medo de perder o controle da situação, imaginando que, quanto mais a criança expressar seus ódios, mas ele cresceria dentro dela. É o contrário: da necessidade de represamento do ódio é que vêm os extremos, por conta de em algum momento a pessoa não mais poder contê-lo, vindo à tona com toda a carga que ficou acumulada durante muito tempo. Em outras palavras: a associação que se faz normalmente é de que o ódio é destrutivo por definição, sendo que as vivências exacerbadas da agressividade, que a tornam destrutivas, ocorrem em função de uma carga agressiva contida que é expressa somente em momentos de muita fragilidade, e portanto, com sua força potencializada.

Porém, a experiência nos ensina que depois de certa idade, os filhos passam a cuidar dos pais, e nem sempre essa inversão natural é tranquila para ambos os lados. Não há receitas de relacionamento, mas aceitar o fato, sem negligenciar ou superproteger, ajuda a nutrir essa relação tão delicada. Sendo assim, faz- se urgente e necessária uma tomada de consciência dos pais sobre a importância de seu papel junto aos filhos, tornando-se presentes através do diálogo frequente, da ação consciente, do abraço compreensivo e do amor incondicional.

 

EVOLUINDO é uma comunicação mensal, enviada pelo SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL  –  SOE, que visa levar aos pais e/ ou responsáveis textos atuais acerca do desenvolvimento da criança e do adolescente.


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